Após a primeira Grande Guerra Mundial, nasceram os regimes autoritários na Europa. As ditaduras, como o nazismo, o fascismo e o estalinismo, enquadram-se num sistema político caracterizado pelo domínio absoluto de uma pessoa ou partido político sobre uma nação. Em Portugal surgiu o Estado Novo, tutelado por Salazar. A perseguição, as regras duras e o uso do poder militar serviam para conter e perseguir todos os opositores, que eram presos ou mortos. O silêncio e a denúncia eram os comportamentos mais comuns. A propaganda política era usada para que a população fosse convencida de que as medidas extremas tomadas eram as melhores. A crise económica afetava os países e o autoritarismo passou a ser visto como a solução para todos os problemas.
Também no Brasil
existiu a Ditadura Militar, que governou o país entre 1964 e 1985. Os intelectuais
brasileiros, após a revolução dos cravos em Portugal (em 1974), inspiraram-se
no nosso exemplo e desejavam ansiosamente a mudança também no seu país. As
representações poéticas mais conhecidas dessa época vêm geralmente da poesia
cantada. São poetas, músicos e escritores, como Chico Buarque, Graciliano Ramos,
Jorge Amado e Caetano Veloso, por exemplo, que vivem o exílio e aspiram à
transformação no seu país.
Helena Duque,
coordenadora interconcelhia da Rede de Bibliotecas Escolares, traz-nos à
lembrança, neste dia, uma composição de Chico Buarque, um cantautor brasileiro de
renome, vencedor do Prémio Camões 2020, que se
refere à festa portuguesa com alegria.