Avançar para o conteúdo principal

A Ciência nas pegadas da Antiguidade Clássica

 




A Professora Doutora Maria de Fátima Silva, Professora Catedrática jubilada da FLUC da área dos Estudos Clássicos, esteve na EB 2,3 de Condeixa-a-Nova, no dia 15 de novembro, para apresentação da comunicação intitulada "A Ciência não começou hoje ..."

A investigação da palestrante centra-se nos Estudos Gregos, em particular no Teatro, Historiografia, Tratados Científicos. É autora de numerosas traduções e estudos sobre estas áreas preferenciais. Na sequência da parceria com FLUC, no âmbito Projeto "Minha escola, meu império - Alea jacta est!", as turmas do 7 ano da EB 2, 3 assistiram a esta partilha de saberes, oferecida através da iniciativa Carpe Scholam. Foi uma viagem ao passado, à Antiguidade Clássica, onde as academias e os liceus da Grécia, fundados por cientistas como Aristóteles e os seus discípulos, difundiam um saber que sustenta as bases do conhecimento através dos séculos. A herança da civilização grega, incorporada de forma astuta pelos romanos, trouxe até aos dias de hoje palavras, termos científicos e formas de observação do mundo que fundam a essência do método científico. Foi um dia de enriquecimento e aprendizagem, indo ao encontro do saber para além do currículo. Sendo a cultura um fator geral de crescimento individual, neste mês em que se celebra a Ciência assistimos a uma reflexão relevante sobre o legado dos clássicos.



Mensagens Populares

Quinta- feira da ascensão, uma tradição recordada

A quinta-feira da Ascensão, também denominada “Dia da Espiga”, ocorre anualmente quarenta dias depois da Páscoa e é sempre a uma quinta-feira. É feriado municipal em várias cidades do país, tendo, até 1952, integrado o calendário dos feriado nacionais. Nesta data, os nossos avós davam um passeio pelos campos e que apanhavam a espiga, isto é, colhiam um conjunto de elementos do que dava os campos e com eles formavam um ramo com espigas de trigo/centeio/cevada, raminhos de oliveira, malmequeres, papoilas, aveia, margaridas ou outras flores campestres, uma ponta de videira e alecrim. Acreditava-se que guardar esse ramo atrás da porta de casa traria a fartura para todo o ano. Ao ramo, associava-se um pão, a guardar com o ramo de um ano para o outro, e este conservava-se… Dizia-se, nesta linha de pensamento miraculoso: "Se os passarinhos soubessem  Quando era a Ascenção Não comiam, nem bebiam Nem punham os pés no chão." Este costume tem origem em costumes pagãos, com a benção do

"Sexta-feira ou a Vida Selvagem", de Michel Tournier | online

Conhece a obra de Michel Tournier sobre a história de um náufrago? Editada em 1971, esta é uma narrativa que surge da adaptação para os mais jovens do livro "Sexta-feira ou os limbos do pacífico" (Vendredi ou les Limbes du Pacifique), do mesmo autor. Relata a história  de Robinson, um homem que, em meados do século XVIII, dirigindo-se ao continente americano para efetuar  trocas comercias entre o seu país e o Chile , sofreu um terrível naufrágio, ficando a viver numa ilha desabitada. Já no século XVIII se havia escrito sobre a história de Robinson Crusoe, num romance da autoria de Daniel Defoe, publicado em 1719, no Reino Unido. Na verdade,  foi originalmente expedido em forma de folhetim, por episódios, no jornal The Daily Post . "Robinson não poderá nunca voltar ao mundo que deixou. Então, palmo a palmo, edifica o seu pequeno reino. Tem uma casa, fortalezas para se defender e um criado, Sexta-Feira, que lhe é dedicado de alma e coração. Tem mesmo um cão, que envelhece

25 de abril - celebrar com poesia

Alexandre O' Neill viveu entre 1924 e 1986. Descendente de irlandeses e empregado bancário de profissão, foi um autodidata. Sendo um dos fundadores do movimento surrealista português, o poeta deu sempre asas à sua criatividade individual, transgredindo as regras comuns da poesia. Contudo, não deixou de estar atento e de fixar o olhar no quotidiano, à procura dos seus "pequenos absurdos". O' Neill viveu o tempo da ditadura e foi várias vezes preso, confrontado com a polícia política. Em 1953, esteve preso no Estabelecimento Prisional de Caxias, por ter ido esperar Maria Lamas, regressada do Congresso Mundial da Paz em Viena. A partir desta data, passou a ser vigiado pela PIDE. No entanto, nunca militou em nenhum partido político, nem durante o Estado Novo, nem a seguir ao 25 de Abril. Foi verdadeiramente um homem de livre pensamento. Nos seus versos, encontramos a ironia, a malícia, a provocação, mas também a ternura e o pudor, num jogo de palavras que o singul