Avançar para o conteúdo principal

Nós, saramagueando!

 

"Assinala-se a 16 de novembro de 2022 o centenário de José Saramago. Tal como em circunstâncias semelhantes acontece com outros grandes vultos, a efeméride constituirá uma oportunidade privilegiada para a consolidação da presença do escritor na história cultural e literária, em Portugal e no estrangeiro. E também para se prestar homenagem à sua figura como cidadão.

Aquela consolidação envolve a revisitação de uma atividade literária e cívica que marcou a cena portuguesa e internacional durante décadas, mas que vai além disso; inclui-se nela a afirmação de uma obra com uma vitalidade inquestionável, bem como a acentuação do pensamento social, político e ético de José Saramago. E também o que desse pensamento ressoa no nosso presente. A Carta dos Deveres e das Obrigações dos Seres Humanos sintetiza, pelo seu espírito e pelos seus efeitos, muito do legado saramaguiano.

A atribuição do Prémio Nobel da Literatura confirmou uma consagração internacional que fez de José Saramago uma personalidade com grande significado, para além das fronteiras de Portugal. Assim, Saramago define-se hoje como um “escritor do mundo”, com presença expressiva em manifestações artísticas, educativas, políticas e sociais com vasta disseminação e efeitos variados. Incluem-se nesses efeitos os que decorrem da presença da obra saramaguiana no nosso sistema de ensino e na difusão da língua e da cultura portuguesas no mundo."


Carlos Reis, Comissário para o Centenário de José Saramago, fevereiro de 2021.



No Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova estão previstas atividades dirigidas aos diferentes níveis de ensino, subordinadas ao tema "Nós, saramagueando!"

A palavra de Saramago ecoará nas salas de aula e nas bibliotecas escolares. Faremos deste dia uma festa em honra do excelso escritor português.


Mensagens Populares

"Sexta-feira ou a Vida Selvagem", de Michel Tournier | online

Conhece a obra de Michel Tournier sobre a história de um náufrago? Editada em 1971, esta é uma narrativa que surge da adaptação para os mais jovens do livro "Sexta-feira ou os limbos do pacífico" (Vendredi ou les Limbes du Pacifique), do mesmo autor. Relata a história  de Robinson, um homem que, em meados do século XVIII, dirigindo-se ao continente americano para efetuar  trocas comercias entre o seu país e o Chile , sofreu um terrível naufrágio, ficando a viver numa ilha desabitada. Já no século XVIII se havia escrito sobre a história de Robinson Crusoe, num romance da autoria de Daniel Defoe, publicado em 1719, no Reino Unido. Na verdade,  foi originalmente expedido em forma de folhetim, por episódios, no jornal The Daily Post . "Robinson não poderá nunca voltar ao mundo que deixou. Então, palmo a palmo, edifica o seu pequeno reino. Tem uma casa, fortalezas para se defender e um criado, Sexta-Feira, que lhe é dedicado de alma e coração. Tem mesmo um cão, que envelhece ...

"O Principezinho" - uma leitura intemporal

A Doutora Teresa Pessoa, docente da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, partilha com os nossos professores e alunos a leitura da obra “O Principezinho”, da autoria de Antoine Saint-Exupéry, um escritor, ilustrador e piloto francês que fez desta criação o seu mais nobre legado. A história releva a importância das coisas simples da vida. O principezinho só encontra desilusão nos outros asteróides e na Terra. Regressa então ao seu planeta, o mais pequeno, mas onde se sentia verdadeiramente feliz. É uma parábola que pode ter múltiplas leituras, em diferentes fases do percurso do percurso de vida de quem a lê, convidando sempre a um regresso. Em cada leitura, apresentam-se-nos outros sentidos, outras vias de exploração de significados, valorizando, em síntese, os aspetos mais simples e afetuosos da vida.

António Mota lê “Baloiço cá, baloiço lá”

António Mota, autor de literatura para crianças e jovens, partilhou connosco a leitura do seu poema “Baloiço cá, baloiço lá”, inserido na coletânea “Lá de Cima, Cá de Baixo”, onde podemos encontrar a vida de todos os dias. Uma formiga que vai calada e ligeirinha. Um baloiço que serve de mirante. As noites solitárias. Os bichos. Os sonhos. “Baloiço cá, baloiço lá” Baloiço cá, Baloiço lá Eu já vi O que ali está Escondido na folhagem Vi um castelo encantado É todo feito de vidro, mas já não tem telhado Baloiço cá, Baloiço lá Eu já vi O que ali está À porta desse castelo Está uma fada contente. Porque hoje de manhã Nasceu-lhe o primeiro dente Baloiço cá, Baloiço lá Eu já vi O que ali está Experimentem ouvir e ler, como se estivessem sentados(as) num baloiço...