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Poesia p'ra quê? - concurso de escrita criativa

 

O Agrupamento de Condeixa lança, simbolicamente, neste Dia Mundial do Livro (23 de abril), um concurso de escrita de texto poético. 

Como forma de expressão de emoções e sentimentos, a poesia tem sido, por vezes, desvalorizada pelas gerações mais novas, pelo seu caráter de exposição individual, intrínseco a esta tipologia textual. As bibliotecas escolares propõem um concurso de escrita criativa que coloca a tónica na expressão alternativa e desviante à norma, com base no conceito de fazer poesia para nada, inspirado nas palavras do escritor e poeta brasileiro Paulo Leminski. 

Esta nuance baseada na lógica do inútil pretende cativar os públicos dos 1º, 2º , 3º Ciclos e do ensino secundário para o trabalho com as palavras e os versos de uma forma criativa e lúdica.

O tema é livre e a inutilidade do exercício promete ser uma via pedagógica para o desenvolvimento de processos de uma utilidade extrema para a construção da personalidade individual na sua relação com o mundo, por vezes oculta à perspetiva de pessoas mais desatentas. 

 Experimentemos, pois, a inutilidade da poesia!

 “O puro valor da palavra está na poesia. Por isso é sempre considerada mercadoria difícil. Poesia não vende é um dos mandamentos do decálogo mínimo de qualquer editor sensato. Pois não vende mesmo. O destino da poesia é ser outra coisa, além ou aquém da mercadoria no mercado. Mal obram e mal pensam aqueles que reclamam da resistência em publicar poesia. Deveriam mais é ficar alegres. A poesia, afinal, é a última trincheira onde a arte se defende das tentações de virar ornamento e mercadoria, tentação a que tantas artes sucumbiram prazerosamente.

-Então, poesia pra quê?

-Felizmente pra nada.

-Servir pra quê? Num mundo em que tudo serve para alguma coisa e assim dar lucro, fundamental que algumas não sirvam pra nada”

                                

Paulo Leminski


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