O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas celebra a data de 10 de Junho de 1580, estimado marco histórico da morte de Luís Vaz de Camões.
A primeira referência ao caráter festivo do dia 10 de
junho é no ano 1880, por um decreto real de D. Luís I, que declara "Dia de
Festa Nacional e de Grande Gala", para comemorar nesse ano os 300 anos a
data da morte do Poeta.
Na sequência dos trabalhos legislativos após a
Proclamação da República Portuguesa, em 5 de outubro de 1910, foi publicado um
decreto em 12 de Outubro, estipulando os feriados nacionais. A 29 de agosto de
1919, decreta-se que o dia 10 de junho é um feriado nacional.
Durante o Estado Novo, de 1933 até 1974, era celebrado como o Dia da Raça, este último epíteto criado por António de Oliveira Salazar, na inauguração do Estádio Nacional do Jamor, em 1944. O regime apropriou-se de determinados heróis da república, não no sentido laico que os republicanos pretendiam, mas num sentido nacionalista e de comemoração coletiva histórica e propagandística. A partir de 1963, o 10 de Junho tornou-se numa homenagem às Forças Armadas Portuguesas, numa exaltação da guerra e do poder colonial.
Com uma filosofia diferente, a Terceira República, após a
revolução de 25 de abril de 1974, converteu-o no Dia de Portugal, de Camões e
das Comunidades Portuguesas, em 1978.
Depois disso, as comemorações do Dia de Portugal, de
Camões e das Comunidades Portuguesas são celebradas por todo o país, mas só as
Comemorações Oficiais são presididas pelo Presidente da República e muitas
outras grandes individualidades como o Presidente da Assembleia da República, o
Primeiro-ministro, os Ministros, os Embaixadores e outras personalidades.
As Comemorações do ano de 2020, que estiveram
previstas para a Região Autónoma da Madeira e África do Sul, foram alteradas por
via da precaução sanitária no quadro da Pandemia por Covid-19.
Segundo o site da Presidência da República, as cerimónias
têm início no exterior do Mosteiro dos Jerónimos onde, pelas 11h00 e sob a
Presidência do Chefe de Estado, decorre a cerimónia do içar da Bandeira
Nacional, com a execução do Hino Nacional, 21 salvas por unidade naval da
Armada Portuguesa fundeada no rio Tejo e sobrevoo de homenagem por uma
esquadrilha de aeronaves F-16 da Força Aérea. Depois, na Igreja de Santa Maria
de Belém, o Presidente da República deposita uma coroa de flores no túmulo de
Luís Vaz de Camões, momento em que é guardado um minuto de silêncio em homenagem aos mortos ao
serviço da Pátria.
Por fim, nos claustros do Mosteiro, usa da
palavra o Cardeal D. José Tolentino de Mendonça, Presidente da Comissão
Organizadora, a que
se segue a intervenção do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.
Fontes
URL: <https://pt.wikipedia.org/>
[consult. em 2020-06-06]
URL: <http://www.presidencia.pt/>
[consult. em 2020-06-06]