O dia 26 de junho marcou o final de um ano letivo singular, vincado pela propagação do estranho vírus que mudou a vida e a rotina de todos nós. A emergência do confinamento, que ditou o início precipitado do Ensino@Distância, trouxe um cenário completamente novo a que toda a comunidade educativa se viu obrigada a dar resposta. Alunos, pais e professores envolveram-se numa missão (quase) impossível e fizeram o seu trabalho por uma causa que veio inaugurar uma profunda transformação no ensino em Portugal. Aprendemos todos imenso, a reboque de um vírus, que nos tem demonstrado outras formas de concretizar o processo de ensino-aprendizagem, em ambientes virtuais.
Foi tudo perfeito? Não, de maneira nenhuma! Porém, o processo que agora se inicia poderá ter determinado a almejada mudança para o paradigma digital há tanto tempo apontado como útil e necessário. O caminho feito já não retrocede, tal como a pedra que se atira ao rio ou a palavra pronunciada.
As bibliotecas escolares, enquanto estruturas de apoio integradas nas escolas com a missão de coadjuvar as organizações educativas na consecução dos seus objetivos, foram naturalmente convocadas para integrarem os Planos de E@D. Também elas reinventaram a sua ação, dando o seu contributo na difusão de conteúdos em linha, como serviço de referência e "help desk" dos diferentes agentes educativos. "Estivemos ON!", procurando dar sequência às linhas orientadoras preconizadas no documento "A Biblioteca Escolar no Plano de E@D | Roteiro para professores bibliotecários", por forma a assumir um papel interventivo na conjuntura traçada.
Os desafios não acabam aqui, antes se adensam nesta "modernidade líquida" que nos cerca. Nesta hora de avaliação e balanço do ano, encaramos o futuro com esperança e traçaremos, à luz de cada contexto, a intervenção das bibliotecas escolares da forma mais oportuna.
Contem connosco!