As origens do Dia do Trabalhador situam-se
no séc. XIX, no ano de 1886.
Nessa época, os trabalhadores chegavam
a trabalhar entre 12 e 18 horas por dia. Havia quem defendesse que o ideal era
dividir o dia em três períodos: 8 horas para trabalhar, 8 horas para dormir e 8
horas para o resto (lazer e rotinas familiares).
Foi com o objetivo de lutar pelas
8 horas de trabalho diárias que, no dia 1 de maio de 1886, milhares de
trabalhadores de Chicago (EUA), se juntaram nas ruas para protestar contra as
más condições de trabalho. Naquele momento, a polícia norte americana
reprimiu os trabalhadores, que se organizavam em associações. O resultado foi um grande número de mortos e
feridos. A justiça levou a julgamento os líderes do movimento, August Spies,
Sam Fieldem, Oscar Neeb, Adolph Fischer, Michel Shwab, Louis Lingg e Georg
Engel. Com provas e testemunhas inventadas, condenaram Parsons, Engel, Fischer,
Lingg e Spies à morte na forca; Fieldem e Schwab, à prisão perpétua e Neeb a
quinze anos de prisão.Os danos provocados pela manifestação originaram a
expressão “Os Mártires de Chicago” que é utilizada para descrever a luta dos
trabalhadores pelos seus direitos.
Os trabalhadores ficaram cada vez mais revoltados e violentos e, por isso, acabaram por despertar a atenção em todo o mundo. Assim, em
1889, o Congresso Internacional em Paris decidiu que o dia 1 de Maio passaria a
ser o Dia do Trabalhador, em homenagem aos “Mártires de Chicago”.
Porém, só em 1890, os
trabalhadores americanos conseguiram alcançar a sua meta das 8 horas de
trabalho diárias. Em Portugal, só a partir de maio de 1974 (o ano da Revolução
dos Cravos) é que se passou a comemorar publicamente o Primeiro de Maio, o dia
consagrado aos direitos dos trabalhadores.
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