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Os museus longe dos olhos, mas perto do coração - visitas virtuais

O património histórico, científico e cultural que reside por trás das portas de um museu é tão imenso que apetece desvendar. A dificuldade está por vezes na distância, na disponibilidade de tempo, nos custos que acrescem a uma família ou no simples desinteresse. A verdade é que os museus têm estado longe dos olhos da maioria dos humanos.

Organizado em 18 de maio de cada ano, os eventos e atividades planeados para comemorar o Dia Internacional dos Museus podem durar um dia, um fim de semana ou uma semana inteira e incluem entradas grátis com atividades programadas para acolher os visitantes.

Para 2020, o tema selecionado foi “Museus para a Igualdade: Diversidade e Inclusão“, com o objetivo de promover a diversidade e a inclusão nas instituições culturais.

Os desafios da inclusão e da diversidade e a dificuldade de lidar com questões sociais complexas em ambientes cada vez mais polarizados são importantes, devido à relevância dos museus como contributo para a promoção da educação, da cultura e da formação individual do indivíduo e da consciência coletiva de um mundo transformado através dos tempos.

Os nossos dias deram luz ao interior dos museus, que hoje partilham as suas coleções e ofertas através de visitas virtuais. A internet veio possibilitar que todos tenham acesso, ainda que no ecrã, a espaços museológicos, conhecendo as suas características e apreciando, no caso dos grandes museus mundiais, as suas dimensões reais em 3D.

O Google Arts & Culture, anteriormente chamado Google Art Project, por exemplo, é um site mantido pelo Google em colaboração com museus espalhados por diversos países. Utilizando tecnologia do Street View, o site oferece visitas virtuais gratuitas a algumas das maiores galerias de arte do mundo.

Tem curiosidade em saber como é a obra "A Noite Estrelada" de Van Gogh vista de perto? Alguma vez visitou os antigos templos Maias? Deseja aprender sobre a cultura gastronómica única do Japão ou sobre os incríveis caminhos de ferro indianos?

Isso é possível, se aceder à internet. É, de facto, um esforço maior que permite a inclusão à escala planetária. 

Aproveitemos esta possibilidade que nos trouxe o progresso, porque o que está longe dos olhos pode estar perto do coração!  

Explore o recurso de curadoria que elaboramos, como exemplo do que poderá encontrar no espaço virtual.


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Conhece a obra de Michel Tournier sobre a história de um náufrago? Editada em 1971, esta é uma narrativa que surge da adaptação para os mais jovens do livro "Sexta-feira ou os limbos do pacífico" (Vendredi ou les Limbes du Pacifique), do mesmo autor. Relata a história  de Robinson, um homem que, em meados do século XVIII, dirigindo-se ao continente americano para efetuar  trocas comercias entre o seu país e o Chile , sofreu um terrível naufrágio, ficando a viver numa ilha desabitada. Já no século XVIII se havia escrito sobre a história de Robinson Crusoe, num romance da autoria de Daniel Defoe, publicado em 1719, no Reino Unido. Na verdade,  foi originalmente expedido em forma de folhetim, por episódios, no jornal The Daily Post . "Robinson não poderá nunca voltar ao mundo que deixou. Então, palmo a palmo, edifica o seu pequeno reino. Tem uma casa, fortalezas para se defender e um criado, Sexta-Feira, que lhe é dedicado de alma e coração. Tem mesmo um cão, que envelhece

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